26 de nov. de 2010

Cumulonimbus

Cumulonimbus ou simplesmente CB

Hoje eu vou falar sobre essa "pequena" nuvem que pode até derrubar um avião. Mas não se preocupem pois respeitando os limites humanos, do avião e da natureza nada de ruim acontece!!

Os CB's também são conhecidos como nuvem de grande desenvolvimento vertical. São responsáveis pelas tempestades com trovoadas, ventos fortes, algumas vezes ocorre granizo e possui intensa precipitação.

Os CB's não tem hora, dia e nem lugar para surgir, podemos apenas dizer que eles se formam com maior frequência na primavera e no verão, principalmente no final da tarde.

Dentro de um CB e até mesmo na sua volta ocorre intensa corrente ascendente e descendente de ar que podem gerar turbulência, granizo, gelo, saraiva, relâmpagos e até mesmo tornados.


Sua ação ocorre em um diâmetro entre 8 e 40 km, possui base entre 300 e 1.600 metros e o topo pode chegar até 29 mil metros. Em média chega a 10 mil metros de altitude.


Para que ocorra um CB é necessário haver 3 combinações:

Umidade - Ter umidade abundante na atmosfera.

Instabilidade - Ar quente e úmido rente ao solo e ar frio seco em altitude. O ar quente menos denso, mais leve, tende a subir, ao passo em que o ar mais frio e mais pesado tende a descer, criando assim, um movimento de correntes ascendentes e descendentes de ar (fonte de instabilidade).

Levantamento – Exemplos de levantamentos: a) levantamento orográfico (ar transpondo montanhas); b) levantamento frontal (troca de massas de ar, sendo uma menos densa por outra mais densa) ; c) Brisa (ar frio soprando do oceano ou lago sobre o continente mais quente e úmido; d) Frente de Rajada (a corrente descendente fria que sai de um CB, pode vir a causar o desenvolvimento de um novo CB).


Estágios da formação:

1º Estágio – desenvolvimento vertical, devido às correntes de ar ascendentes que dominam toda a nuvem, transformando-a em uma TORRE DE CUMULUS.

2º Estágio – é quando a nuvem encontra-se em seu estágio de MATURIDADE (ESTÁGIO DE CUMULUS). As correntes ascendentes podem chegar a velocidades próximas a 74 km/h. Em seu topo, os ventos em altos níveis (na horizontal) começam a formar sua “bigorna ou cabeleira”, chegando, por vezes, a estende-la a até 160 km na direção a favor do vento. Nesta fase, as correntes ascendentes podem transportar até 8.000 toneladas de água por minuto para as camadas mais altas da nuvem. O vapor d’água condensa ao colidir nas gotículas da nuvem, as quais aumentam de tamanho à medida que vão sendo levadas para cima. Neste momento, podem ocorrer também correntes descendentes, em virtude de algumas gotículas caírem ao se tornarem mais pesadas, vencendo as correntes ascendentes. Na descida, podem passar por camadas de ar não saturadas e alguma evaporação pode ocorrer. Evaporação é um processo de resfriamento, portanto, este processo causa um maior resfriamento da parcela de ar que está em sua volta, dando início a um afundamento do ar, intensificando, assim, as correntes descendentes. Um CB é considerado “Maduro”, quando estiver com correntes ascendentes e descendentes.

3º Estágio – DISSIPAÇÃO, começa quando as correntes descendentes frias atingem o solo, a chuva resfria o ar nos níveis mais baixos e nenhuma nova fonte de instabilidade está presente. Então, as correntes descententes predominam e o CB tende a dissipar-se, restando apenas a parte superior da nuvem como cirrus (nuvem alta).

O ciclo médio de vida entre os estágios de cumulus e de dissipação pode levar de 30 a 40 minutos. Isto mostra porque o CB pode causar tantos estragos e, muitas vezes, de forma inesperada.

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