24 de mar. de 2010

O BOING 767

O Boeing 767 é um avião bijato da Boeing, introduzido juntamente com o 757, no final da década de 1980. É um widebody, com configuração de assentos 2x3x2 na classe econômica. O Boeing 767, com um longo alcance operacional e baixo custo operacional, foi o principal responsável pela grande popularização dos vôos transatlânticos entre a década de 1960 e a década de 1980. É a aeronave que mais cruza o Oceano Atlântico diaramente - mais 767s cruzam o Atlântico diariamente do que qualquer outro avião. Será substituído futuramente pelo 787.
O BOEING 767 é uma aeronave widebody (fuselagem larga, com mais de um corredor), projetado para receber entre 200 e 300 passageiros. O 767 surgiu para atender uma exigência do mercado de aeronaves, não tão pequenas como um 737, mas não tão grandes como um 747. O 767 fez seu primeiro vôo em 26 de Setembro de 1981. Tratava-se de um 767-200, matriculado como N767BA e dotado de dois motores Pratt & Whitney modelo JT9D de 50 mil libras de empuxo cada.
O 767 também foi a primeira aeronave widebody projetada para que apenas dois pilotos pudessem comanda-la, não exigindo um terceiro tripulante, o engenheiro de vôo.
O projeto do 767 teve inicio em 14 de julho de 1978 com a encomenda de 30 767s pela United Airlines. Em 19 de agosto de 1982 o primeiro 767 foi entregue a United, porém, a aeronave só entrou em serviço em 8 de setembro de 1982, quando realizou a rota Chicago-Denver.
Em março de 1984 surgiu o 767-200ER, uma versão que tem um alcance superior, mesmo quando muito pesado, e um tanque central adicional para permitir vôos ainda mais longos. A primeira companhia que operou o 767-200ER foi a Ethiopian Airlines.
Ainda durante o inicio da década de 1980, a Boeing fazia estudos para conceber uma versão um pouco maior do 767. O resultado foi o 767-300, que possui 6,4 metros a mais de comprimento que o modelo -200, teve seu projeto iniciado em 29 de setembro de 1983, quando a Japan Airlines encomendou a aeronave. O primeiro 767-300 foi entregue a Japan Airlines em 25 de setembro de 1986, mas só entrou em operação em 20 de outubro do mesmo ano.
Ainda no ano de 1986 a Boeing realizou o primeiro vôo, da versão com alcance estendido, do modelo -300, o 767-300ER, que teve como primeiro operador a American Airlines, recebendo a primeira aeronave em 19 de fevereiro de 1988. Anos mais tarde, surgiu a versão cargueira deste modelo, dando origem ao 767-300ERF, que teve como primeiro operador a UPS (United Parcel Service).
O 767 tornou-se uma das aeronaves mais populares para a realização de vôos de travessia do Atlântico, e foi uma aeronave pioneira no uso de ETOPS (Extended Twin-Engine Operations), que é um certificado que as aeronaves bimotoras recebem para poder voar mais tempo sobre áreas aonde não existe uma alternativa próxima.
Quase 20 anos após o inicio do programa do 767, a Boeing lançou em 1997 o 767-400, que tem 6,4 metros a mais de comprimento que o modelo -300, e 12,8 metros a mais que o modelo -200. Devido ao novo tamanho da fuselagem, o trem de pouso do 767-400 teve sua altura aumentada em 46 centímetros. Também foram feitas mudanças nos pneus, rodas e freios, que neste modelo, são compatíveis com o Boeing 777. Mudanças no cockpit e na cabine de passageiros também foram feitas, seguindo o estilo do 777. O 767-400 entrou em serviço em 14 de setembro de 2000, voando pela companhia americana Continental Airlines.


Curiosidades
• O 767 foi o primeiro jato widebody a ser alongado duas vezes. O 767-300 é 21 pés (6.43 m) mais longo do que o original 767-200; e o novo 767-400ER é 21 pés mais longo do que o 767-300.
• O primeiro 767 entrou em serviço em 8 de setembro de 1982, desde então o 767 tem voado mais de 7,5 milhões de vôos, e carregado mais de dois bilhões de passageiros.
• O deslocamento de ar produzido por uma turbina do 767-400ER na decolagem pode inflar o dirigível da Goodyear em sete segundos.
• O 767-400ER bebe aproximadamente 60 galões (227 litros) de combustível por passageiro para ir de Nova Iorque até Londres. O mesmo volume de gasolina serviria para alimentar um carro economico aproximadamente a metade dessa distância.
• O 767 é o avião favorito nas rotas Atlânticas; ele voa sobre o Atlântico mais frequentemente do que todas as outras aeronaves juntas.
• O painel de instrumentos do 767-400ER tem 82% menos partes do que os outros 767s. Por usar partes pré-moldadas, a contagem de partes diminuiu de 296 para 53. As horas de produção do painel de instrumentos caíram de 180 para 20 horas.
• Se as turbinas GE CF6-80C2B8F fossem instaladas num automóvel típico, quando a potência fosse de decolagem, o carro aceleraria de zero a 60 mph (96,5 km/h) em menos de meio segundo.
• Existem 3,1 milhões de partes em um 767, providas por mais de 800 produtores.
• O 767 é capaz de fazer cruzeiro em altitudes até 43-000 pés (13-106 m)
• O 767-300ER e 767-400ER podem carregar 23-980 galões (90-770 l) de combustível - suficiente para encher 1,2 mil minivans. Demora apenas 28 minutos para encher a aeronave de combustível.
• O nível de ruído de um 767 decolando de uma pista de 1,5 milha (2,4 mil metros) de comprimento é quase o mesmo de uma esquina movimentada na hora do rush.
• Existem 90 milhas (145 quilômetros) de fiação elétrica em um 767-200ER, 117 milhas (188 quilômetros) em um 767-300ER e 125 milhas (201 quilômetros) em um 767-400ER.



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